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Pesquisadores desenvolveram um software que diminui o tempo para planejar cargas do forno.

Aluna: Viviane Tonaki.

Coordenadores: Franklina Toledo e Marcos Arenales.

Colaboradores: Victor Camargo, Silvio Araujo e Leandro Mattiolli.

 

 

Uma parceria feita entre pesquisadores do CeMEAI e a Fultec Inox, fundição de pequeno porte, localizada no Distrito Industrial de São Carlos, garantiu uma redução considerável no tempo gasto para selecionar as peças para cada fusão no forno da empresa. Antes o processo era feito manualmente e levava em média duas horas para ser concluído. Agora, demora no máximo cinco minutos.

Esta grande redução tem explicação: os pesquisadores visitaram a empresa, conheceram todo o processo de fundição, acompanharam as etapas e tiveram acesso a informações fornecidas pela indústria. Com os dados em mãos e coordenadas pela professora do ICMC/USP e pesquisadora do CeMEAI Franklina Toledo, eles começaram um estudo para analisar como seria possível melhorar a ocupação do forno e garantir menos perdas nas peças.

Com o apoio da FAPESP e da então bolsista da FAPESP Viviane Tonaki, que é formada em Ciências da Computação e Mestre em Matemática Computacional, foi desenvolvido um software que facilita toda a operação. Viviane explica o funcionamento do software. "Ele programa quais peças precisam ser feitas em quais cargas e também a quantidade dessas peças. Aí, o programador tem a possibilidade de alterar as cargas sugeridas, essa programação, e quando estiver tudo certo esse resultado é integrado ao software de processamento já existente na fundição", explica. Este trabalho foi desenvolvido com base em pesquisas anteriores, como o mestrado de Victor Camargo, que hoje é professor da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, e o trabalho de conclusão de curso de Leandro Mattiolli.

Marcos Arenales, professor aposentado do ICMC/USP, foi quem há mais de dez anos conversou com o dono da fundição para que uma parceria começasse. A conversa se transformou em um projeto de iniciação científica de uma aluna do ICMC, mas, naquela época, o planejamento de ligas metálicas desenvolvido acabou não sendo usado. Este contato também deu origem ao doutorado de Silvio Araujo, hoje professor do IBILCE/UNESP e também pesquisador do CeMEAI.

A ideia agora, com a parceria feita e os resultados já comprovados, é registrar o software, que, na opinião dos pesquisadores envolvidos, poderia ser utilizado por outras empresas do ramo. Silvio Araujo também concorda. "É possível que seja estendido para outras fundições de mercado que tenham o mesmo perfil. Quanto à extensão para fundições maiores, fundições cativas, as adaptações talvez tenham que ser um pouco maiores, mas acredito também ser possível", finaliza.

Texto retirado de (contém um vídeo com os pesquisadores envolvidos explicando o problema):

http://www.cemeai.icmc.usp.br/noticias/8-default/221-cemeai-ajuda-a-otimizar-cargas-em-fundicao-de-pequeno-porte-em-sao-carlos (CeMEAI - Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria)

 

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